Por: Júlia Ribeiro
Na tarde de hoje (16), as delegações do Paquistão e da Índia, reunidas no Conselho de Segurança das Nações Unidas, publicaram uma nota polêmica acerca do Tratado de Não Proliferação Nuclear e Desarmamento (TNP). O acordo, válido desde 5 de março de 1970, foi criado com o objetivo de evitar a disseminação de armas nucleares e viabilizar o uso pacífico de tecnologia nuclear. A nota dos delegados aparece na íntegra a seguir:
“Reiteramos que a não-assinatura e não-ratificação do Tratado de Não Proliferação Nuclear e Desarmamento se deve à desigualdade refletida em seus artigos, o que dificulta a ação soberana de países em desenvolvimento social, econômico e militar no âmbito internacional, acabando por garantir a manutenção de políticas imperialistas dos cinco países vencedores da Segunda Guerra Mundial.
Assim dito, reiteramos nossa disponibilidade em negociar novos acordos relativos ao armamento nuclear, ao desarmamento e à corrida armamentista com os países já detentores desta tecnologia e que ainda desejam desenvolvê-la, em espírito de cooperação e igualdade.”
Tendo em mente o poder destrutivo de bombas e outros artigos nucleares, o TNP almeja um uso pacífico da tecnologia nuclear para manter a paz mundial, e isso torna o posicionamento negativo da Índia e Paquistão no mínimo delicado. Qual seria o interesse de um Estado em não assinar o acordo para a paz, além da perturbação da ordem a nível global?