Por: Jordana Buzahr
A segunda sessão realizada pelo Terceiro Comitê da Assembleia Geral para Assuntos Sociais, Culturais e Humanitários (SOCHUM), nesta quinta-feira (15 de novembro) em Goiânia, apontou um grande descontentamento do Peru, país latino-americano que requer mais ações em âmbito internacional. O andamento da comissão mostrou-se com propostas simples, em razão da postura de isenção de responsabilidade de países desenvolvidos.
Em seus pronunciamentos e em entrevista ao El Sistema, a delegada do Peru afirma contrariedade à conduta cômoda e de isenção por parte geral dos países, que segundo esta são de primeiro mundo. Ao tratar de temas como o desenvolvimento econômico sustentável e desastres naturais. Ainda declarou que as propostas japonesas parecem mais interessantes e incisivas, do que as estadunidenses. E quando questionada sobre a China, a delegada admite que o país possui grande parcela de culpa na poluição mundial e que as propostas chinesas não estão sendo muito efetivas, mas que ao mesmo tempo o delegado chinês apresenta-se aberto à discussão e disposto a ajudar os países latinos.
Em meio as discussões do comitê e em entrevista ao jornal, o delegado chinês afirmou que o país reconhece sua economia como significantemente poluente e que esta é uma realidade incontornável. Entretanto também declarou que há esforços chineses em razão do desenvolvimento sustentável, como o investimento em energias limpas e ações multilaterais com outros Estados. Os desastres ambientais e os direitos humanos, para o mesmo, são questões complexas e espera decisões conscientes e efetivas por parte da comissão, minimizando, assim, as externalidades.
Posteriormente, em entrevista ao jornal, a delegação estadunidense se mostrou consciente da gravidade dos desastres naturais, tanto social quanto economicamente, mas não apresentou propostas concretas sobre o assunto. E ainda declarou que trabalhará com a redução de poluentes, como o gás carbônico, mesmo se retirando do Acordo de Paris, dito um tratado injusto. Por fim, a delegação espera que as discussões sejam proveitosas e que resultem em um consenso com soluções plausíveis e que respeitem a soberania de todos os Estados.