Durante a primeira sessão do comitê do SOCHUM, o delegado do Haiti se posicionou, embora tenha sido mal interpretado e ignorado por algumas delegações.
Por: Isabella Pureza
Hoje, quinta-feira (15), foi realizada a primeira sessão do comitê do SOCHUM – que possui a temática de Crescimento Econômico e Sustentável nos Países Subdesenvolvidos., Thiago Neto de Brito, representa o Haiti, que é uma nação importante para a problemática do comitê, uma vez que o país é o que possui o maior número de mortos por catástrofes naturais.
Durante as discussões da agenda, que se dividiu entre focar no âmbito econômico ou social, o representante do Haiti propôs que os países que sofrem dos mesmos tipos de desastre se unissem para cooperarem e encontrarem conjuntamente soluções práticas. Também foi proposto que a pauta humanitária fosse colocada como prioritária no debate – em detrimento da pauta econômica – visto que os países possuem perdas de vida humana e não somente perdas financeiras.
As delegações da Líbia, Irã e Brasil corroboraram que a realidade dos países deviam ser levadas em consideração, e o delegado do Brasil ressaltou que algumas delegações estavam ignorando o fato de que em alguns países, existem pessoas morrendo de fome, ressaltando a importância da questão social no debate.
No entanto, alguns delegados implicaram que a pauta econômica deveria sim ser discutida, visto que não há como ter soluções profundas para a problemática sem o desenvolvimento econômico, e que os países deveriam se juntar para encontrarem soluções comuns para as catástrofes ambientais.
O representante haitiano declarou em entrevista que em momento algum foi citado que a economia deveria ser deixada de lado, e ainda afirmou que o posicionamento de unir os países para ter ideias conjuntas já estava sendo citada por ele desde o início da sessão, porém foi ignorada pelos demais. Ao fim da entrevista, o delegado brincou e disse “Honey, you need to listen me!”, relacionando aos delegados que não o ouviram.