Por: Ana Beatriz Costa
Nesta sexta-feira (16), no III Comitê da Assembleia Geral para Assuntos Sociais Culturais e Humanitários (SOCHUM), foi debatido um acordo multilateral entre os países presentes com o objetivo de compartilhar entre eles tecnologias para prevenir futuros desastres ambientais, e também para lidar com os mesmos de forma mais eficaz.
Contudo, após esse acordo, iniciou-se uma discussão sobre os direitos dos desalojados por desastres ambientais, visto que estes não têm proteção jurídica por não serem considerados refugiados. A maioria do comitê concordou que a definição de refugiado deveria ser reconsiderada para também abranger os desalojados por razões ambientais. Porém, as delegações do Japão e dos Estados Unidos da América discordaram vigorosamente com essa sugestão.
Os EUA discordaram dessa mudança de forma mais pacífica e até mesmo flexível. Já o Japão, afirmou categoricamente que não receberá imigrantes de qualquer tipo em seu território, tendo como objetivo preservar a identidade cultural de sua nação. A mudança proposta pelo comitê incluía todos os desalojados por desastres ambientais, até mesmo os que não ocorreram de forma natural, trazendo proteção política para estes, direitos garantidos, e segurança.
A indignação do comitê em relação ao posicionamento dos EUA e do Japão foi clara, e as delegações seguem debatendo o tema para chegarem a um consenso que melhor atenda a todos.