[GMZ] Segundo dia de reunião da OEA: dificuldades e atividades dignas de uma Conferência interestatal e causa com a imprensa

GOMUN 2021

Países discutiram os tópicos propostos na agenda informal, mas dada a inesperada interferência para informar duas crises que precisavam de resolução, o foco foi direcionado para elas. Teve, além de muita discussão, o pedido de afastamento da imprensa.

Natália Vasseur

 

Iniciando o segundo dia do GOMUN III (24), os delegados, com a animação que só um sábado de manhã pode oferecer, se reuniam em suas respectivas salas da plataforma Zoom para debater a sua agenda informal. Tudo corria tranquilamente quando a Presidente da Imprensa trouxe a notícia inédita sobre imigrantes que trabalhavam em condições análogas à escravidão em fazenda no estado do Pará na República Federativa do Brasil. E a agenda informal ficou suspensa até a resolução da crise.

O delegado da Guiana propôs uma moção para a sessão ser fechada e, consequentemente, ocasionar a saída da imprensa da mesma. Como foi aprovada sem nenhuma ressalva, a imprensa se retirou da sessão e aguardou o pronunciamento dos delegados às 11h, quando as representações de algumas nacionalidades deveriam enviar a nota à imprensa.

Ao retornarmos ao final da sessão, foram prestados os esclarecimentos perante a imprensa. Em nota e quase em unanimidade, os delegados que foram intimamente atingidos com a notícia (Brasil, Bolívia e Venezuela) declararam frustração, lamentaram profundamente o acontecido, afirmaram que são veemente contra tais atos e que ainda buscam cooperar para a resolução do caso.

À tarde, a reunião da OEA seguiu nas tensões habituais até a metade da reunião, onde deu-se continuidade à agenda informal. Foram  discutidas temáticas sobre a questão indígena na América Latina e, novamente, foi criticada essa discussão pelos EUA, que estão sempre alerta. Mas entrando nesse tópico, vale ressaltar que os dois países que foram criticados anonimamente foram os próprios EUA e Chile. Ocorreu mais uma ou outra tentativa de tirar a imprensa, mas tudo certo.

Novamente, a presidente da imprensa interrompeu a sessão para dar mais uma notícia importantíssima, que tratava sobre a identificação de festas clandestinas em meio à pandemia no Caribe. Mais uma vez a agenda informal foi paralisada até que os delegados chegaram em uma resolução para mais essa crise. Ao final da sessão, os delegados, especialmente das Bahamas e Barbados, apresentaram suas notas oficiais à imprensa, declarando que apesar de repudiarem esses atos e não medirem esforços para auxiliar e conter a pandemia, não poderiam barrar ou proibir a maior e grande fonte de renda dos países que é o turismo.

Ao finalizar mais um dia de sessões e reuniões, os delegados de ambos os comitês se reuniram para a coletiva de imprensa na qual os jornalistas estavam sedentos por declarações dos representantes dos países em questão. Além, é claro, de buscar mais informações sobre as crises que foram apresentadas, a imprensa questionou o porquê de tanto sigilo e a expulsão da Reunião. Esses delegados, sinceramente, estavam querendo escapar da imprensa, tanto nas sessões como nas respostas.

Mais um dia findado e com sentimentos ainda pairando no ar, o GMZ se despede do segundo dia de GOMUN e aguarda as novas emoções que nos esperam para o terceiro e último dia de debate.

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Post organizado por delegações do Comitê de Imprensa Internacional na 3ª Edição do Goiás Model United Nations

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