É com consternação que a Assembleia Geral da OEA recebe a presente notícia e se solidariza aos países envolvidos, quais sejam, a República Federativa do Brasil, a República Bolivariana da Venezuela, e o Estado Plurinacional da Bolívia, para a resolução do caso visando a justiça e o respeito aos direitos humanos. Reconhecemos a problemática do tráfico de pessoas como um tema sensível e suscetível à maioria dos países do continente americano. Em consonância, expressamos preocupação com as práticas criminosas que ferem os direitos humanos e colocam indivíduos em situações degradantes.
É de consenso geral da organização que esse tópico deve ser solucionado a partir da multilateralidade dos países da OEA, com auxílio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Incentivamos a permissão e cooperação na instauração de uma equipe especializada, comandada pela UNODC, para a solução do tráfico internacional de pessoas no continente Americano. Ademais, o presente comitê, enquanto reunido sobre a temática da precarização do trabalho, reassume o compromisso de prevenção ao aumento do número de casos criminais de exploração trabalhista.
Nesse sentido, reconhecemos que há uma vulnerabilização das populações por uma crise humanitária e sanitária, mas também, da existência de redes criminosas que se aproveitam dessas populações e, portanto, os membros da organização se comprometem a abordar o tema em reuniões futuras.
A Organização dos Estados Americanos sempre evidenciou e continua evidenciando a presença do multilateralismo em nosso comitê, assim como a manutenção da soberania nacional dos Estados-membros e, sobretudo, evidencia-se a defesa dos direitos humanos, sempre partindo de uma abordagem multidimensional para a segurança de todo continente americano. Dessa forma, todos Estados-membros se colocam à disposição perante a crise que atinge a República Federativa do Brasil, a República Bolivariana da Venezuela e o Estado Plurinacional da Bolívia para que a mesma seja resolvida da melhor maneira.