[CRISE #2] – Assembleia Geral dos Estados Americanos

GOMUN 2021

Festas clandestinas no Caribe

No que tange às economias baseadas no turismo e hotelaria, os países do Caribe sofreram consideravelmente os efeitos da paralisação de atividades em decorrência da pandemia de Covid-19, a qual deixou um panorama desolador com ilhas fechadas, aeroportos sem voos, hotéis vazios e cruzeiros parados no porto. Contudo, após a reabertura das atividades econômicas a partir do segundo semestre de 2020, uma maior flexibilização das restrições inicialmente impostas pelos países corroborou para o número crescente de casos de contágio. 

Apesar das medidas de contenção que proíbem eventos com número superior a 50 pessoas, foram notificadas ocorrências de festas clandestinas em algumas ilhas caribenhas. Na última sexta-feira (23/04), uma festa irregular em um resort na Comunidade das Bahamas contava com mais de 7 mil pessoas, segundo autoridades locais. De maneira análoga, em Barbados, foram denunciados eventos em praia privativa com um público de aproximadamente 5 mil pessoas. Nesse sentido, tais ocorrências não se verificam como casos isolados, mas sim como uma prática criminosa e recorrente. 

Para além da ocorrência de festas irregulares com capacidade de pessoas acima do permitido, deve-se ressaltar a situação de vulnerabilidade empregatícia e socioeconômica dos trabalhadores informais locais que foram impelidos pelo crescente desemprego a prestarem serviços em eventos desse tipo. Em declaração ao jornal El País, Diego González (41), barman e garçom em Nassau – capital das Bahamas – informou que devido aos impactos no setor do turismo, ele bem como amigos e familiares tiveram que se sujeitar a ocupações informais e sem vínculo trabalhista. 

Não obstante, González completa que além da baixa remuneração e informalidade, outro fator preocupante diz respeito à insegurança à vida devido à possível exposição ao vírus Sars-CoV-2, nas festas clandestinas em que trabalhou, protocolos de segurança foram completamente desrespeitados e Equipamentos de Proteção Individual – EPI – (como máscara descartável  e face-shield) não foram disponibilizados aos trabalhadores. 

Imprensa

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Post organizado por delegações do Comitê de Imprensa Internacional na 3ª Edição do Goiás Model United Nations

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