Por Luisa Guimarães
A primeira sessão do Comitê Social, Cultural e Humanitário das Nações Unidas debate o tema Feminicídio e teve início com uma proposta de agenda feita pela delegação venezuelana que, apesar de conter pautas extremamente relevantes, não foi aceita por todos os países, os quais propuseram reduzi-las para tornar as sessões mais rápidas e práticas.
Os países demonstraram interesse em debater as pautas propostas, apesar das divergências culturais. A agenda terminou por ser grande, devido ao fato de ainda abarcar muitos temas mas, por ter um caráter amplo, torna o processo de debate mais fácil.
Além da inicial discussão sobre a formação da agenda, também foi discutido o conceito e as variáveis da definição de Feminicídio, as delegações buscaram atualizá-lo ao máximo. A discussão para definir o mesmo não foi rápida e fácil, esbarrando em algumas discordâncias, por fim obtendo êxito na definição de um conceito que atenda a todas as esferas relacionadas a esta questão .
De forma geral, a maioria das delegações se mostram bem participativas nas discussões, visto que essa é uma problemática a qual todos os países encontram-se submetidos, em níveis distintos. Espera-se que alguns países em especial expressem suas opiniões a respeito do tema, como a Rússia, a qual tem demonstrando um retrocesso nas questões humanas, ao descriminalizar em 2017 a violência física doméstica, considerando apenas casos que ” gerem lesões muito graves”.