Sputnik: Marcada pelos ataques pessoais e desinteresse, primeira sessão do SOCHUM foge da finalidade

GOMUN 2017

Por Michael Vecttorazzi

No dia 26 de outubro de 2017, na sede das Nações Unidas em Nova York, se deu início a primeira sessão do SOCHUM com objetivo de debater sobre as leis contra o feminicídio. 

A seção iniciou morna, sem a presença da delegação do Brasil. El Salvador se destacou durante toda a seção, onde demostrou total disposição a girar o debate. Para maior fluência do debate a delegação da Venezuela iniciou com a proposição de uma agenda, onde depois de muitos debates informal-informais fora votado e aprovado. Dentro deste lapso de tempo observa-se que as delegações da Arábia Saudita, Nigéria e Reino Unido se mostraram completamente desinteressados, não participando integralmente do debate, o que é preocupante. 

A delegação brasileira compareceu posteriormente para o debate e se desculpou pelo atraso, porém ao início do debate se mostrou perdida no que concerne ao mesmo. 

Passando para o debate dos tópicos propostos várias foram as sugestões de retificação de alguns tópicos, mas nenhum com sucesso.  A delegação mexicana mostrou posicionamento alarmante de que a questão do feminicídio não devesse ser aplicado a crianças e após rebatido e repudiado disse que fora “mal interpretado”. 

Como era de se esperar pela diversidade de nações, culturas e etnias a conceituação de feminicídio necessitou de bastante dispêndio de tempo, finalizando quando a delegação dos Estados Unidos da América tocou trouxe que como sujeito ativo do crime de feminicídio também seria possível o papel feminino, o que quebrou bastante o conceito trazido pelo restante das delegações presentes, onde apenas a figura masculina estaria figurada. 

Como representante da Rússia o delegado se posicionou que não há a necessidade de leis para que o feminicídio seja prevenido, uma vez que a realidade da Rússia é diferente. Já a delegação brasileira salientou que a exemplo de sua legislação tem eficácia e traz resultados desde a sua implementação, o que foi rebatido pela delegação da China e Egito onde as mesmas tiveram um ataque pessoal a delegação brasileira, trazendo dados que desmascarar a realidade brasileira. Ainda após as farpas trocadas entre Brasil, China e Egito; a delegação China se demonstrou defensora dos direitos das mulheres e foi rebatida estreitamente pela delegação russa onde evidenciou que a posição adotada pela delegada não condiz com a realidade de sua nação. 

Nigéria insiste em fica inerte nessa sessão, se manifestando apenas quando é citada. Insegurança e retidão é evidentemente percebido nas poucas falas desta delegação, abrindo um leque de conclusões sobre o posicionamento contra este debate e possível resolução do tema. 

Imprensa

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Post organizado por delegações do Comitê de Imprensa no GOMUN 2017

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